Internação involuntária: como proceder?
23/04/2019
A dependência química é uma doença devastadora capaz de prejudicar enormemente a vida de uma pessoa em pouco tempo.
Conforme se envolve cada vez mais com a droga, o usuário começa a minar suas relações familiares e sociais, a atrapalhar seu trabalho e estudos e a prejudicar a si mesmo e as pessoas à sua volta, deixando de reconhecer até mesmo que existe um problema.
Ao chegar a este ponto, o dependente já não acha que precisa de ajuda ou de tratamento, criando um empecilho para a sua recuperação e deixando a família diante de uma difícil decisão: optar ou não pela internação involuntária?
Esta é uma medida extrema, que só deve ser tomada em último caso, mas que é necessária para garantir que o ente tão querido tenha acesso ao tratamento necessário e possa recuperar tudo o que perdeu para as drogas.
O grande problema é que há poucas informações disponíveis sobre a internação involuntária, o que dificulta a vida das famílias que optam por essa medida para proteger seu ente perdido.
Nós do Instituto Abraão percebemos este problema e separamos abaixo tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Acompanhe!
Como proceder para realizar uma internação involuntária?
Primeiramente, é preciso frisar que a internação involuntária é uma medida que só pode ser tomada quando todas as outras alternativas de abordagem e de tratamento do dependente já foram esgotadas.
Nos casos em que isso já aconteceu, a família pode requerer uma internação involuntária escrevendo uma carta com o pedido de internação e os seus motivos. Esta deve ser assinada por um familiar que tenha ligação consanguínea com o dependente e conter o parecer de um médico psiquiatra.
O pedido pode ser entregue a uma clínica particular, como o Instituto Abraão, ou unidade do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e os responsáveis técnicos pelo estabelecimento encarregado de fazer a internação devem informar ao Ministério Público dentro do prazo máximo de 72 horas.
A partir de então o estabelecimento pode realizar a remoção do paciente e dar início ao tratamento, que deve ser o mais humano e realizar as técnicas menos invasivas possíveis, garantindo que o paciente tenha acesso ao mundo exterior sempre que quiser.
Depois que o dependente recuperar o seu discernimento crítico sobre a realidade e sua situação, outras modalidades de tratamento podem ser adotadas.
Como lidar com o dependente que não quer se tratar?
Quando a internação involuntária passa a ser necessária, o maior empecilho para o prosseguimento do tratamento é o próprio dependente. Na maioria das vezes, conseguir retirá-lo das drogas e levá-lo até o estabelecimento onde será tratado é uma tarefa quase impossível.
E, por isso, no início da busca por uma internação involuntária, o indicado é que o dependente não saiba o que está acontecendo, pois isso pode desencadear comportamentos agressivos e até mesmo fugas.
As clínicas que trabalham com a internação involuntária, como o próprio Instituto Abraão, contam com equipes de profissionais preparados para lidar com essa situação e garantir que o dependente tenha acesso ao tratamento e saiba o que está acontecendo no momento certo.
No começo, é difícil, mas com o tempo o paciente começa a entender que realmente precisa se tratar e que a família fez bem ao optar por uma internação involuntária.
Se você ainda tem alguma dúvida sobre a internação involuntária ou quer entender melhor como ela funciona e como proceder para ajudar um ente querido, entre em contato com o Instituto Abraão. Teremos prazer em atendê-lo.